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Hoje trazemos a história de fé e de esperança da Silvana e da sua família. 

Com o passar do tempo, todos nós sonhamos e imaginamos o nosso futuro. Isso normalmente acontece desde a adolescência até à vida adulta, onde verificamos a possibilidade de concretizar os mesmos. A maioria sonha ganhar muito dinheiro com um emprego de excelência, para poder comprar tudo aquilo que sonhamos ter quando somos mais novos. Outras sonham em constituir família. Um sonho talvez mais acarinhado por algumas delas. Elas imaginam-se a ter vários filhos e procuram realizar esse sonho. Mas devemos ter sempre em conta o famoso ditado “o futuro a Deus pertence”. Apesar da Bíblia falar aquilo que devemos fazer, isso não nos impede de sonhar.

Hoje, temos o privilégio de poder conversar com a Silvana, para ficarmos a conhecer um pouco mais da sua experiência: 

A –     Olá Silvana, vamos falar da tua experiência. Quando surgiu o desejo de ser mãe?

S –     Pensa numa pessoa que gostaria muito de ter um filho. Essa pessoa era eu. Eu queria muito ter um filho, nossa, desde que eu era solteira. Eu pensava assim, quando eu casar, a primeira coisa que eu vou fazer é ter um bebé, eu gostava muito de crianças. Eu queria muito ter um filho. Bom eu casei.

A –     Quantos anos se passaram até que se aperceberam que havia algo diferente?

S –     Bom eu casei e passaram-se alguns… alguns anos… eu não tinha filhos. Passaram 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8.

A –     Depois de todos esses anos o que vocês decidiram fazer?

S –     Com 9 anos de casada eu e o meu marido decidimos fazer alguns exames, exames mais complexos que iriam dizer o motivo de não termos um bebé. E dentre todos os exames, eu fiz Aquele Exame. Histeroscopia cirúrgica. O médico que me fez esse exame disse que estava tudo bem comigo. Ele disse que eu ainda ia ter dez filhos, para não me preocupar. Mas eu tinha de ir buscar o relatório daqui a vinte dias na clínica. E eu fiquei feliz porque eu ia ter dez filhos.

A –     Então tudo estava perfeito. Podias ter dez filhos. Estavas saudável, o teu marido também estava saudável. O que mudou na vossa história?

S –     Fui buscar o relatório e quando cheguei ele falou: — Olha há um problema com o seu exame, procure um oncologista e vai ter de tirar o útero. Como assim? Eu ia ter dez filhos e agora vou ter de procurar um oncologista? Um oncologista! Um médico para cancro! Eu tenho cancro!? Perguntei ao médico e ele não me respondeu mais nada. Ele apenas escreveu o nome do médico e o telefone para onde eu tinha de ligar.

A –     Silvana falaste que tinhas a certeza que serias mãe, que tinhas a certeza que Deus realizaria o grande sonho da tua vida. Quando recebeste essa notícia, deves ter ficado muito chocada. Deve ter sido difícil manter a fé, ter mantido a esperança desse sonho na tua vida. O que fizeste a seguir, o que fizeste depois de receber essa informação, depois de digerir isso tudo?

S –     Liguei para o número que o médico me deu e do outro lado atenderam assim – Instituto de Oncologia de São Paulo – oh realmente estou com cancro! Bom… Naquele mesmo dia eu entrei em contacto com a minha mãe e ela mandou-me parar com tudo. Eu trabalhava o dia todo e ainda estudava na faculdade de noite. Eu parei com tudo e fui para casa da minha mãe para fazer tratamentos. Tratamentos naturais.

A –     Enquanto esperavas a consulta no hospital de oncologia, fazias os tratamentos naturais. Procuraste outras opiniões médicas?

S –     Enquanto eu fazia os tratamentos, eu fazia consultas com outros médicos, né? Porque a consulta marcada no instituto ia demorar muito tempo. Então eu consultei vários médicos e todos diziam o mesmo, que eu deveria fazer uma cirurgia o mais rápido possível. Porque o que eu tinha era adenocarcinoma endometrióide (Carcinoma do endométrio) e não era um tumor, era um foco de (cédulas, ou células), células cancerígenas. Eu teria de fazer a cirurgia completa, tirar tudo – o útero, ovários, as trompas. Eu fiquei um pouco apreensiva porque eu sempre soube que se tirasse os ovários teria que fazer reposição hormonal e a reposição hormonal é cancerígeno. Eu já estava a tirar o cancro. E com certeza eu teria outro.

A –     Silvana que grande choque apanhaste. Como lidaste com essa decisão, como lidaste com esse diagnóstico?

S –     Então, eu fiquei muito apreensiva e pedi muito a Deus, pedi que Ele me orientasse se eu devia ou não fazer essa cirurgia e…

A –     Desculpa interromper. Mas não falaste que vários médicos já tinham dito que terias de fazer a cirurgia completa para tirar o útero, os ovários e as trompas? Que se não fizesses a cirurgia, eles lavavam as mãos? Mas houve um que consultaste e que foi muito diferente de todos os outros, o que ficou decidido nessa consulta, como foi o contacto com esse novo médico.

S –     Tive a oportunidade de passar por uma consulta no Hospital de Oncologia em São Paulo. E lá, o médico foi bem diferente dos outros que eu já tinha falado. Ele falou assim: — Olha… o procedimento é esse. É avançar com a cirurgia, mas na minha opinião, não deves fazer já a cirurgia, devemos esperar e voltar a fazer o exame. Se estiver muito adiantado aí nós fazemos a cirurgia. Vamos esperar três meses, que é o tempo necessário para repetir o exame e aí… se repetirmos o exame e vermos que está muito adiantado, nós fazemos a cirurgia. Bom, fui para casa.

A –     Então voltaste para casa, de acordo com a recomendação médica ficaste três meses em casa, de repouso e a fazer tratamentos e só depois de três meses é que terias de lá voltar. Mas, com dois meses alguma coisa mudou… O que aconteceu?

S –     Dois meses depois eu estava com sintomas… de… gravidez! Fiz exame ao sangue, exame à urina e todos eles deram positivo. Eu estava grávida! E eu pensei, como assim, né? Voltei ao hospital e falei com o médico: Doutor acho que eu estou com um problema ou é mental ou é outra coisa qualquer, eu não sei.  Eu só sei que eu estou com sintomas de gravidez, e os meus exames também dão positivo. E ele falou: — Vamos fazer um ultrassom – Ecografia Obstétrica. Foi feito o ultrassom e eu estava mesmo grávida. Ali estava o meu bebé.

A –     Que surpresa! De um diagnóstico delicado para uma pessoa que precisava urgentemente de fazer uma cirurgia, você passa para um quadro totalmente diferente. Agora estás grávida e estás à espera do teu bebé. E como correu a gravidez? Como correram esses nove meses?

S –     Tive uma gravidez perfeita. E combinamos com o médico que iriamos fazer uma cesariana na altura que o bebé nascesse, para fazermos a seguir uma biópsia. Assim que ele nasceu foi feita a biópsia e quando o relatório ficou pronto vimos que não tinha células malignas. Durante cinco anos repeti esse exame de seis em seis meses. E até hoje ele não apareceu mais.

A –     Silvana como foi passar por essa experiência, como foi passar por todas essas adversidades e ainda assim manter a fé, manter a confiança em Deus. Qual foi a lição que você tirou no final dessa experiência maravilhosa?

S –     Sabes aquele verso. “Entrega o teu caminho ao Senhor confia nEle e Ele tudo fará”? Eu entendi exatamente cada palavra, “Entrega o teu caminho ao Senhor confia nEle e Ele tudo fará”. Faça a sua experiência. Eu quero mostrar aqui a minha filha… essa é a Vitória. A minha filha, o presente que Deus me deu. Meu Deus é o Deus do milagre. E aqui está a prova disso.

E essa é a história da Silvana, uma experiência de fé e de esperança, uma história de confiança em Deus. Que nos mostra como Deus actua na nossa vida. E o que é impossível para o homem é perfeitamente possível para Deus.

Como está a nossa confiança em Deus? Como está a nossa fé? Vamos fazer como a Silvana?

Entregar o nosso caminho ao Senhor, confiar nEle, porque tudo Ele fará.

 

Até ao nosso próximo encontro.

 

 

AMANDA XAVIER

Amanda Xavier ,26 anos, gosto de estar junto a Natureza, desejo de ajudar as pessoas com minha experiência com Jesus .